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quarta-feira, 23 de abril de 2014

10 terríveis crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos

A maioria dos americanos gosta de pensar que suas forças armadas são uma ferramenta para a preservação da liberdade e do bem-estar das pessoas de todo o mundo. Gerações de soldados norte-americanos tem, de fato, realizado façanhas nobres e heróicas em defesa desses valores.  No entanto, desde os primórdios da nação, encontrar-se com os militares dos Estados Unidos  quase sempre significou morte e destruição, em vez de liberdade e justiça. Desde a Revolução Americana até a atual  guerra contra o terror, os soldados americanos tem participado em inúmeras  atrocidades, de uma forma ou de outra, como veremos a seguir.


10 – O massacre de Balinga

Durante a Guerra Hispano-Americana, em 1898, as forças americanas capturaram as Filipinas. De certa maneira, os americanos foram vistos como libertadores, já que os filipinos vinham lutando contra o imperialismo espanhol durante anos; contudo, eles não estavam dispostos a servir novamente a outra nação estrangeira. Seguiu-se então a Guerra Filipino-americana.

Depois de sofrer pesadas baixas nas mãos de insurgentes filipinos na província de Samar, o General Jacob H. Smith buscou vingança contra a população civil. Ele ordenou aos seus soldados:  "Eu não quero nenhum prisioneiro. Desejo que todos sejam mortos e queimados, quantos mais vocês matarem e queimarem, mais ficarei satisfeito. "
As tropas do General Smith iniciaram uma campanha de genocídio. Todos os nativos com mais de dez anos de idade e capazes de portar armas foram executados, outros milhares foram levados para  campos de concentração.
Infelizmente, essas ações foram apenas um microcosmo da gigantesca brutalidade que foi a ocupação das Filipinas pelos americanos. Estima-se que pelo menos 34 mil filipinos  morreram como resultado direto da guerra, e outros 200.000 pela epidemia de cólera que se espalhou entre os refugiados e os jogados em campos de concentração.


9 – O massacre de No Gun  Ri

No-Gun-Ri-Massacre

Quando as forças norte-coreanas lançaram um ataque surpresa contra a Coréia do Sul em 25 de junho de 1950, soldados americanos mal treinados que estavam aquartelados em Tóquio foram levados para a península. A invasão criou uma enorme crise de refugiados, com milhares de  civis fugindo dos exércitos que se aproximavam. Temendo a infiltração de espiões que poderiam se apresentar como civis, o comando americano ordenou que nenhum civil coreano fosse autorizado a atravessar as linhas de batalha.

No mesmo dia que essas ordens foram emitidas, cerca de 400 refugiados que se encontravam em uma ponte, perto da aldeia de No Gun Ri, foram indiscriminadamente massacrados por forças americanas.
Os americanos  inicialmente negaram qualquer envolvimento no incidente, afirmando que suas tropas não estavam nas proximidades no momento do massacre. No entanto, mais detalhes do caso tem surgido nos últimos anos, graças aos depoimentos tanto de sobreviventes quanto de perpetradores do massacre. Como um veterano americano lembra: "Havia um tenente gritando como um louco, fogo em todos, matem todos ...  "
Infelizmente, este foi apenas o primeiro de muitos massacres realizados pelas forças americanas na Coréia, massacres que só vieram à tona nos últimos anos. Não houve justiça para os sobreviventes coreanos. A única pessoa a enfrentar acusações por crime de guerra na Coréia, o capitão Ernest Medina, foi absolvido pela corte marcial.


8 -  O massacre de  Gnadenhutten

Viver como colono na fronteira durante a Revolução Americana, era viver em um lugar isolado, brutal e violento. Linhas de frente eram inexistentes e não havia cavalheirismo na guerra de fronteira. Há certamente inúmeras atrocidades que a história nunca descobrirá, mas uma que se destaca é o massacre de Gnadenhutten.

Em 8 de março de 1782, 160 milicianos da Pensilvânia cercaram a aldeia de Gnadenhutten, no leste de Ohio. Os moradores da vila eram índios, cristãos, pacíficos e neutros na luta. No entanto, os milicianos os acusaram de conduzir ataques em toda a Pensilvânia e estavam dispostos a executar cada habitante da aldeia.
Os índios foram divididos em duas cabanas, uma para os homens e outra para as mulheres e crianças, e, em seguida, espancados até a morte antes de serem escalpelados. Ao todo, noventa e seis, dos cem índios,  foram escalpelados e mortos; toda a aldeia foi incendiada. Um sobrevivente se escondeu na mata, outros  três sobreviventes conseguiram avisar as aldeias vizinhas.


7 - O campo de prisioneiros em Andersonville

Você pode pensar que esta imagem seja a de um prisioneiro recém-libertado dos campos de concentração nazistas. Mas este homem, na verdade era um soldado da União, aprisionado no campo de prisioneiros em Andersonville, Geórgia, durante a Guerra Civil Americana.

A vida para os soldados de ambos os lados do conflito era uma experiência angustiante, não importa onde estivessem estacionados. No entanto, sem dúvida, o pior lugar para se estar em toda a guerra era a prisão militar do Acampamento Sumter, em Andersonville. Sendo a maior prisão da Confederação, o campo havia sido projetado para uma capacidade máxima de 10.000 prisioneiros. Em agosto de 1864, o número de presos chegara a 33.000.
As condições no campo eram um pesadelo. Os confederados estavam desesperadamente sem provisões para si mesmos, o que significava que os prisioneiros de guerra ficavam quase sem nada. Os homens não tinham abrigo do sol durante o verão escaldante ou da chuva fria de inverno. O pequeno riacho que corria através do campo tornou-se tanto um banheiro comum bem como a única fonte de água potável. Consequentemente, o número de mortes por doenças e fome subia drasticamente. Dos 45.000 homens mantidos na prisão, cerca de 12 mil morreram e foram enterrados em valas comuns ao redor do acampamento. 

Quando a guerra terminou, Henry Wirz, o comandante de Andersonville,  foi preso, julgado por um tribunal militar e enforcado. Ele foi a única pessoa de ambos os lados do conflito, executada por crimes de guerra durante a Guerra Civil Americana.


6 – O massacre de Dachau

dachau-massacre

O campo de concentração de Dachau, na Baviera, foi um dos campos de extermínio mais infames da II Guerra Mundial. Pelo menos 32 mil assassinatos documentados ocorreram lá, junto com milhares de vítimas desconhecidas que entraram no campo sem registros. Quando chegaram ao campo em 12 de abril de 1945, os soldados americanos se depararam com centenas de corpos espalhados por todos os lugares, o horror da cena levou muitos a perder o controle.

Durante o curso de libertação do campo, os soldados americanos mataram pelo menos cinqüenta guardas alemães. Alguns foram mortos tentando fugir, outros foram sumariamente executados. Embora esses assassinatos sejam obviamente indefensáveis dentro das regras modernas de guerra, essa atrocidade é sem dúvida a mais compreensível nesta lista. Ela é apenas um dos muitos casos de americanos que executam prisioneiros nazistas durante a invasão aliada, nenhum soldado foi processado por participar nessas mortes.


5 – O ataque à aldeia de Azizabad

Desde 2001, o Afeganistão tem visto constantemente mortes de civis nas mãos das forças americanas, seja por terra, por aviões de guerra e por ataques de drones. Um dos casos mais divulgados ocorreu na aldeia de Azizabad, na Província de Helmand, em 22 de agosto de 2008.

As forças americanas receberam informações de que Mullah Sidiq, um comandante talibã, estava a caminho de Azizabad, depois de ter emboscado tropas americanas. Durante a noite, aviões de guerra  AC-130  realizaram um ataque mortal na vila. As bombas mataram cerca de noventa civis, muitos dos quais eram crianças. Embora os Estados Unidos alegassem ter matado Sidiq no ataque e que a maioria das vítimas eram militantes do Talibã, Sidiq mais tarde surgiu ileso e investigações independentes concluíram que  se houvessem, eram poucos os militantes talibãs na aldeia.
Apesar da carnificina do evento, nenhum americano foi sequer processado por seu papel no ataque aéreo. No entanto, um afegão chamado Mohammed Nader foi condenado à morte pelas autoridades afegãs por ter fornecido informações  à OTAN que levaram ao ataque.


4 – O massacre de Kandahar

Este ataque é diferente, porque, ao contrário de outros na lista, foi realizado por um único soldado americano. Nas primeiras horas do dia 11 de março de 2012, o sargento Robert Bales sorrateiramente saiu de sua base no bairro de Panjawi, na província de Kandahar, e entrou em uma casa nas proximidades. Ele atirou em todos os dez residentes, matando seis. Bales retornou brevemente para a base antes de sair novamente para outra casa nas cercanias, onde ele matou mais doze e feriu outros dois. Das dezoito pessoas mortas naquele dia, nove eram crianças.

Após os assassinatos, Bales supostamente voltou para a base e prontamente confessou a seus superiores, simplesmente dizendo, "eu fiz isso."  Ele se declarou culpado em um tribunal militar, sendo, em agosto de 2013, condenado à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.


3 – A prisão de Abu Ghraib

Semelhante a do Afeganistão, a ocupação americana do Iraque também testemunhou incontáveis atrocidades por parte das forças americanas. O mais conhecido desse  crimes foi o tratamento dado aos prisioneiros em Abu Ghraib. De outubro a dezembro de 2003, soldados norte-americanos, com pouca experiência em administrar uma prisão, realizaram atos incrivelmente sádicos sobre aqueles que lhes competia guardar. Muitos detidos foram humilhados, torturados, violados, sodomizados, e alguns até forma mortos nas mãos dos guardas.

Apesar de que houvesse atividades semelhantes ocorrendo em outras prisões iraquianas e afegãs, os abusos em Abu Ghraib só vieram à tona, tornando-se um escândalo mundial, em grande parte por causa da evidência fotográfica da tortura ( Cuidado: imagens chocantes ). Estas imagens de abuso foram amplamente divulgadas; publicações como The New Yorker  e 60 minutos denunciaram detalhadamente o crime. Como resultado, onze soldados foram condenados a penas de prisão, mas muitos dos soldados e empreiteiros privados supostamente envolvidos nos abusos nunca enfrentaram  julgamento.


2 – O massacre de Wounded Knee

Esta lista inteira poderia ser feita de injustiças horríveis perpetradas pelo governo dos Estados Unidos contra a população nativa americana do país. Uma das mais significativas foi o massacre de Wounded Knee. Este incidente na reserva Pine Ridge  foi o último grande conflito das Guerras Indígenas. Vinte  soldados foram agraciados com a Medalha de Honra após o massacre, mais do que em qualquer outra batalha única na história americana.

Em 29 de dezembro de 1890, a sétima cavalaria cercou um grupo de dacotas, incluindo mulheres e crianças, no Wounded Knee Creek. Os soldados exigiram que os dacotas entregassem suas armas, e estavam recolhendo-as quando a violência começou. Não está claro quem disparou primeiro, mas logo, um combate isolado entre os alguns nativos e militares americanos se transformou no caos, com o acampamento sendo atingido pelo fogo indiscriminado dos soldados. Os tiros de rifle e  dos canhões Hotchkiss ecoaram, ceifando centenas de vidas, soldados montados matavam à fio de espada os que tentavam fugir.
No momento em que tudo acabou, pelo menos 150 homens, mulheres e crianças do povo dacota tinham sido mortos e 51 feridos (4 homens, 47 mulheres e crianças, alguns dos quais morreram mais tarde); algumas estimativas colocam o número de mortos em 300. Vinte e cinco soldados americanos  também morreram e 39 ficaram feridos (seis dos feridos morreram mais tarde). Acredita-se que muitos tenham sido vítimas de fogo amigo, já que o tiroteio ocorreu em uma estreita faixa e em condições caóticas.


1 – O massacre de My Lai

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O massacre de My Lai é o crime de guerra mais famoso dos Estados Unidos e tornou-se uma espécie de referência com a qual todos os atos de selvageria militar americanos são comparados.

Em 16 de março de 1968 os homens da Companhia Charlie entraram na aldeia de My Lai, no Vietnã do Sul, para realizar uma missão de  "busca e destruição". Embora não houvesse sinais de tropas inimigas, os soldados receberam ordens para entrar na aldeia atirando. O incidente rapidamente transformou-se em violência e caos, com os homens da Companhia Charlie abrindo fogo contra os moradores desarmados da aldeia. Entre os aldeãos estavam muitas mulheres, crianças e velhos. Estima-se que mais de 300 civis foram mortos a tiros ou à baionetadas durante o curso de várias horas.
Apenas um soldado, William Calley Jr., foi condenado por participação no massacre. Ele cumpriu três anos e meio em prisão domiciliar. Talvez ainda mais perturbador do que a falta de punição pelo massacre de My Lai seja o fato de que o comportamento da Companhia Charlie foi aceito como normal entre as tropas americanas no Vietnã.  O coronel Oran Henderson comentou certa vez que “quase todas os soldados das companhias ansiavam por uma My Lai nas profundezas do seu coração” .

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