NoNo episódio desta semana de “Game of Thrones” muita coisa aconteceu: ficamos sabendo um pouco mais sobre o que está acontecendo com o Bran, vemos que Theon e os Bolton vão começar a fazer parte da história e das disputas de poder da série, nos encontramos de novo com Stannis nas Ilhas de Ferro e… Para dizer a verdade, ninguém se importa com nada isso.
Sério, “Game of Thrones” fez de novo. Logo no segundo episódio da temporada, eles já jogam um daqueles momentos de deixar boquiaberto até quem já leu livro e sabia o que ia acontecer. Eu estou usando o máximo do meu auto-controle para não sair dando capslocks agora.
Obviamente, spoilers para quem ainda não viu o episódio. Quem quiser saber (e, de verdade, por que ler uma resenha, se você não quer?) vem comigo.
Bom, outras coisas além do “Casamento Púrpura” aconteceram no episódio, então vamos passar por elas rapidamente, antes de ir ao que interessa.
THEON
Bom, para variar um pouco, uma cena do Ramsay Snow com o Theon Greyjoy fez alguma coisa a mais na série, além de me fazer sentir como se eu estivesse assistindo a “O Albergue”, com um pouco mais de tortura psicológica.
Além de ver Ramsay sendo um sádico maldito (o que acontece toda vez que ele aparece na tela), vemos um pouco de interação com seu pai, Roose Bolton.
Basicamente, o que acontece de importante nessa parte da história é que, como sabemos, Bolton quer poder no norte e ele dá a seu bastardo a missão de conquistar Fosso Cailin. O que significa que provavelmente vamos começar a ver os Bolton se tornando jogadores importantes nas disputas por poder de Westeros.
Fora isso, Theon admite que Bran e Rickon Stark continuam vivos e Bolton coloca atrás deles o mesmo capanga fofo que decepou a mão do Jaime Lannister, na temporada anterior.
Ou seja, com sorte, podemos esperar um pouquinho de emoção das cenas do Bran, em episódios futuros, porque não está fácil.
BRAN
Falando no Bran, a história dele essa semana foi… Bom, como sempre: ele começa a usar seus poderes para se fundir com seu lobo, os Reed falam para ele que isso é perigoso, que ele pode se esquecer do que é ser humano e blablabla, e o Hodor fala “Hodor”.
A diferença é que, se na temporada passada o ator que faz o Bran parecia estar passando pela puberdade, agora ele parece ter 25 anos.
Ah sim! E eles encontram uma árvore e Bran tem uma premonição que mais parece um trailer de filme épico e é vaga demais para sabermos o peso que ela vai ter, ao longo dessa temporada.
STANNIS
Enquanto isso, nas Ilhas de Ferro, pessoas continuam a ser queimadas em nome da cientologiado Senhor da Luz.
Sério, fora isso, a única coisa que acontece é Davos continuar sendo a voz da razão e nós descobrirmos que a rainha do Stannis não gosta muito da própria filha e a considera uma pecadora.
Eu, por outro lado, gosto de qualquer personagem daquele lugar que questione uma religião em que é considerado normal queimar pessoas vivas.
PORTO REAL
Algumas coisas acontecem antes do casamento: Tyrion e Jaime têm uma conversa amigável de irmãos e é interessante ver dois Lannisters sendo legais um com o outro, sem motivos malignos por trás.
Fora isso, a série resolve optar por um caminho mais clichê no relacionamento do Tyrion e da Shae e fazer aquela coisa toda em que ele finge que não gosta mais dela e termina com ela para protegê-la. A coisa toda é muito dramática, com discussões, choro, música tensa e tapas na cara e acaba com Shae sendo escoltada por Bronn para um navio, indo para algum lugar seguro longe de Porto Real.
NóNós, claro, nunca chegamos a ver Shae entrar mesmo no navio, então poder ter certeza de que claro que ela foi embora mesmo e essa situação não vai ressurgir em algum momento para ferrar o Tyrion. Não senhor, de jeito nenhum. *sarcasmo*
Enfim. Agora, vamos falar do casamento de Joffrey e Margaery, senhoras e senhores.
É mais um daqueles eventos de “Game of Thrones” que traz vários personagens interagindo e fazendo ameaças implícitas um para o outro: por exemplo, Jaime ameaçando Loras e tentando fazê-lo desistir de casar com a Cersei…
…Ou Cersei ameaçando discretamente a Brienne, dizendo que já sacou que ela está apaixonada pelo Jaime. (o que, aliás, sério mesmo? Eu gosto da Brienne e do Jaime como amigos que saem em jornadas juntos, insultando um ao outro e matando inimigos. Agora, casal? Achei desnecessário).
Mas, enfim, fora isso, temos a oportunidade de ver Joffrey demonstrar mais algumas vezes o quanto ele consegue ser desprezível e insuportável:
O ponto alto, sendo mais próximo ao final do episódio, quando ele está determinado a humilhar o Tyrion e, para tanto, chega até a organizar um show vaudevilliano de anões que, se fosse nos tempos de hoje, faria a galera defensora do politicamente correto ter síncopes nas redes sociais.
Quando o Tyrion consegue sobreviver a isso com um fio de dignidade, Joffrey decide obriga-lo a ser seu porta-taças (o que é importante para a maravilha que acontece no final do episódio). A coisa toda vira uma situação de braço de ferro de poder que Joffrey, sendo o rei e um completo psicopata, não tem muito como perder. É basicamente ou o Tyrion perde a dignidade ou ele morre.
E é aí que o momento pelo qual nós vínhamos torcendo desde o momento em que conhecemos o Joffrey acontece: ele está lá, todo feliz sendo basicamente a versão mimada e medieval do Hitler, quando toma um gole de vinho e começa a engasgar.
E continua engasgando. E engasgando.
E aí ELE MORRE. Dolorosamente. E é lindo de se ver.
(chega a ser glorioso, na verdade).
É aflitivo, é horrível, mas, como está acontecendo com o Joffrey, você não consegue não sentir um prazer sádico na cena.
Até o momento, claro, em que fica óbvio que o Tyrion vai levar a culpa por isso. A Sansa provavelmente também se daria mal nessa história, mas, por sorte, ela consegue fugir antes.
Nos episódios futuros, veremos como essa história vai afetar os personagens e a luta pelo trono – além de claro, quem é realmente o responsável por essa maravilha:
Enquanto isso, vamos comemorar: NÃO TEM MAIS JOFFREY!
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